Sei que tinha dois posts para hoje mas sinceramente uma dos assuntos simplesmente voou! É bom até... significa que a importância que tinhas para mim se está a tornar cada vez menor. Estava a pensar na letra da música da Tori Kelly "Funny" e não pude deixar de me rir, quando esta encaixou perfeitamente na minha história contigo. As pessoas de quem gostei de verdade foram sempre amores à primeira vista. Sim não é mito. Existe mesmo. Ainda que nem sempre correspondido. Quando te conheci em outubro de 2014 senti uma ligação que não podia explicar. Foi imediato. Este rapaz vai mudar a minha vida. Vai passar por ela e vai deixar marca. E assim o fizeste. Uma marca que se transformou em ferida. Admirava-te muito, todo o teu secretismo e mistério me fascinavam e a tua voz deixava-me arrepiada. Nada disso importa agora obviamente. Porém esse fascínio foi esmorecendo por razões óbvias, pensei que aquele primeiro impacto fosse a minha imaginação a trabalhar rápido e a criar fantasias. Não. Eu estava certa. Se estava. Tu ias passar na minha vida tipo furacão.
Entraste suave, uma brisa agradável e tornaste-te numa tempestade, capaz de criar os maiores estragos. Portanto sim, tirando todas as petas que me contaste que me dão uma vontade imensa de rir por serem tão absolutamente ridículas, a minha história contigo, que começou antes da tua história comigo, é irónica.
Hoje foi diferente. Apesar de todo o stress e perfecionismo e exigência máxima para que tudo corresse bem, hoje é um dia em que me sinto bem. Saí-me bem. Divetir-me genuinamente e nem uma vez passaste a minha mente. Agora ao deitar, claro que tinhas que vir assombrar Já desconfiava até porque sei que deves sentir uma inveja enorme de não conseguires atingir a mesma paz de espírito. Desculpa meu amigo, mas hoje, EU GANHEI.
Olha bem para o título deste post. Lê-o com atenção. Já está? Ótimo! Então resta-me apenas dizer-te que isto foi o que me aconteceu contigo, o erro que cometi, mas com o qual já aprendi bem a lição. Aceitei um amor cheio de amarras e correntes. Um quase amor. Definiria assim. A questão é que eu não mereço um 'quase'. Nem um 'eu queria, mas... '.Ou não, espera, melhor ainda 'Se fosse noutra altura...'. Perdoem-me, mas que amor de merda é este? Não podia. Não posso aceitar que um sentimento tão forte seja troçado desta forma. Hoje senti alguma paz por me ter apercebido disto. Eu queria-te. Muito. Eu apaixonei-me mesmo, de uma forma que consome tanto que parece que tudo o que sentes não cabe no teu corpo. É transcendente. Mas já não quero. É verdade. Finalmente consigo dizer isto e sentir de facto o que estou a dizer. Percebique para te ter teria que aceitar o carácter fraco de que te revestes. Não podia apenas desejar as qualidades. E eu queria-te com os teus defeitos, como qualquer apaixonado... Já não quero e isso é tão bom! Não que eu espere encontrar alguém perfeito. Já disse, longe de mim uma 'pessoa-tipo'. Mas espero alguém que me respeite e que não precise de recorrer à mentir tão constantemente para se iludir de que é Feliz. Alguém que me faça acreditar que eu mereço ser amada num todo, e não num 'quase'. Só te peço não faças o mesmo a outra alma. Não brinques dessa forma. Não tem piada. Não é justo. Procura a tua felicidade sem enganares os outros. Sem te enganares a ti.
Liberta-a. Tu sabes de quem falo. Deixa-a ser feliz como tu tanto desejas ser. Não a enganes mais, não a traias mais. Vê como ela olha para ti. Para alguém que não sente nem metade. Dói a verdade. Sem dúvida. Eu que o diga. Escolheste que fosse eu a sair magoada. Tudo bem, apesar de nunca ter havido necessidade para isso. Mas não lhe faças o mesmo. Dá-lhe a oportunidade de ela recuperar da dor que será perder-te e faz com que algum Ser a ame tanto quanto ela te ama a ti. Por favor. E não, se o fizeres, eu não estarei à tua espera. Mereço mais.
Por hoje esgotaram-se as palavras. Não significa que elas não retornem rapidamente, carregadas de raiva. Elas irão voltar. Tal como tu voltaste. Porém, as palavras quando surgem conseguem levar com elas aquele pedaço de ti que ainda mora em mim e que, desculpem-me o termo, me apodrece. Quem és tu? Achei que te conhecia. Pelos vistos estava bem enganada. Não costumo dar-me com pessoas que mentem. E à medida que cresço e ganho mais maturidade, apercebo-me de que a pessoa-tipo, aquela que idealizamos, é utopia. Porque essa pessoa-tipo no nosso ideal não mente. Não faria parte dela tal característica. E tu foste a minha utopia. (Por coincidência ou não o corretor ortográfico sugeriu-me escrever 'ironia'. Se calhar era o mais correto). Sei que me vou cruzar com muitas mentiras durante a minha vida, mas recuso-me a ficar presa na encruzilhada. Não quero uma pessoa-tipo. Entendi. É algo onírico. Mas sei que mereço uma pessoa-transparente. Que seja ela própria e não me tente iludir a mim e a si mesma das mentiras que cria numa mente tão conturbada. Afinal, quem és tu?
Voltaste. Voltaste para meter nojo. Voltaste única e simplesmente para me deixar assim, neste estado. Nervosa, ansiosa, triste, irritada, com vontade de te destruir. Ao contrário do que possas esperar e contrariando o comum das mulheres, eu não estou mal por não te ter. Eu estou mal por quase te ter tido. Por ter acreditado que te podia ter. Mentira. Ilusão. Culpo-me sim, por ter deixado (por deixar) que me afetasses desta forma. Não merecia. Sei disso. Por outro lado, tu és um excelente mentiroso e conseguiste brincar com o meu coração como um malabarista profissional. Parabéns. Voltaste para me deixar assim. Tinha conseguido e tinha me orgulhado de já não deixar que me consumisses dessa forma. As 24h que passava a pensar em ti reduziram para metade. Mas tu regressaste sem pedir permissão e não foi para tornar melhor, foi para fazer uma bagunça ainda maior. Não me tomes por estúpida outra vez. Não fizeste isso a brincar como tanto defendes. Fizeste pela mesma razão que me fizeste apaixonar por ti. És confuso e vives a achar que se te convenceres de que és feliz, quando claramente sabes que estás miserável, serás mesmo um homem feliz. Mentira. Não me admira que esta palavra encaixe tão bem contigo. Tenho pena de ter a necessidade de escrever um texto para ti. Estou a dar-te uma importância que não mereces. Mas se pensar bem e na verdade escrevo este texto para mim, na expectativa de tentar entender tudo aquilo que não entendo porque tu não consegues ou não queres explicar. Não sinto a tua falta. Não quero que me voltes a tocar na mão. Não quero voltar a conversar até as tantas. Não quero nada disso. Isso está no passado. Foi bom. Mas passou. O que não passa é a minha raiva e a minha incompreensão perante tudo isto. Perante o desrespeito que tiveste por mim. Inojas-me. Desculpa mas é verdade. E não me venhas dizer que eu estou chateada sem razão e que não quero entender. E não demonstres um respeito falso por mim, não mostres uma lutaste por uma distância obrigatória, quando eras o primeiro a esquecer os limites. Não me inojas por não teres ficado comigo. Inojas me porque consegues ser tão bom ator. Comigo, com ela e contigo próprio. Saltitas de uma realidade para a outra sem qualquer mágoa ou peso na consciência. E é tão natural para ti como respirar... Incrível... Somos seres tão diferentes... Não no que toca a personalidades que não encaixam, ou valores e crenças distintas. A nossa diferença está na capacidade de amar de forma pura, sem ser adulterada pela maldade e o desprezo. Está no ser capaz de nos amarmos a nós mesmos e de nos sabermos respeitar acima de tudo. E por isto tudo, e só por isto, eu sinto pena de ti, porque nunca irás sentir a força e a dignidade do amor próprio.
Hoje chorei. Chorei que nem um bebé. Chorei como uma criança chora quando sente a falta da sua mãe ou quando somos confrontados com a notícia de que o nosso grande amigo vai emigrar. Chorei porque senti uma parte de mim a ser arrancada violentamente. Uma parte de mim que eu queria e continuava a negar. E hoje chorei porque a senti. Como quando percorremos com a mão o nosso corpo e descobrimos uma ferida que já nem nos lembramos como fizemos. Aconteceu, sem nos apercebermos. Nem doeu nesse momento. O pior é quando descobres a dor imensa que esta te causa depois.
Faz um mês dia 2 de julho que não te vejo. Fisicamente. Mas ainda não fez uma hora sequer em que não pensasse em ti, no que estás a fazer, no que estás a pensar, qual o tema que estás a cantar. Não passou um minuto em que não me lembrasse do teu sorriso, dos teus olhos a cruzarem-se com os meus, daquele toque na minha mão. Tem sido rara a noite em que não assaltas os meus sonhos, como o fizeste com a minha vida. E eu tento e faço de tudo para contrabalançar todas estas memórias e sentimentos, com a dor imensa que tu me causaste. Com a desliusão, com a angústia, com a raiva. Mas elas não ajudam. Uns dias porque não te odeio, nem um bocadinho; outros, porque se apoderam de mim de tal forma que me transformam noutro Ser.
Acho que ainda não entendi realmente que nunca mais te poderei ver, ou desabafar contigo, ou rir-me contigo, ou sequer falar. Penso que ainda não o compreendi plenamente e é por isso que as lágrimas não têm caído, que a minha força e atitude continuam em grande. Sinto vontade de dizer “continuavam….até hoje.”, mas não posso, seria a minha morte, o meu fim e eu não tenho o direito de me ‘suicidar’ desta forma.
Continuo à espera de respostas. Talvez me ajudem a ultrapassar, se não me fizerem chorar mais.
É verdade que nunca tivemos nada. Nunca houve um beijo. Um abraço forte. Um toque intenso. É verdade que não tivemos nada. Mas também é verdade que o que me deste durante todo aquele tempo, me foi retirado de forma tão incompreensível. Por isso, sim. Não tivemos nada. Mas eu tive alguma coisa. Algo que não sei definir o que é. Penso que só tu mo poderás dizer. Deveria ficar-me por aqui, porque poderá haver mais a dizer quando o que aconteceu foi tão incerto e o que me foi dado para as mãos, algo tão duvidoso?
Porém, não há forma de este texto ficar por aqui. De este ser o último ponto final que desenho. Não. Há mais, há muito mais. Talvez não para quem deu, mas para quem o recebeu de todo o coração. Mentiria se dissesse que não me senti feliz. Que não me senti bem e aconchegada. Que não me senti apaixonada. Mentiria se não dissesse que o que sinto por ti me fez levantar de manhã com uma vontade imensa de tocar dez instrumentos e envolver-me das suas sonoridades para sempre. Mentiria se não expressasse a mágoa enorme que sinto por cada lembrança nossa. E surgem-me na cabeça como raios de sol com os quais não esperas, mas que cruzam o teu olhar e te ofuscam. Te desorientam. A vez em que pousaste a tua mão sobre a minha e o meu corpo estremeceu. As trocas de olhares que subsitutíam um “eu adoro-te” proibído de se dizer em voz alta. Todas e todas e todas as palavras que trocámos, os desabafos que fizemos, as nossas expectativas, os nossos sonhos, os nossos horizontes. As nossas piadas, os nossos risos incessantes. A beleza do silêncio que nos cercava por vezes, pois este sussurrava uma vontade imensa de te ter nos meus braços. Todas as promessas que não cumpriste. Que não cumprirás. Ou porque tudo o que senti, desde que voluntariamente te colocaste no meu caminho outra e outra vez, tu o resumirias em apenas duas frases. Algo como: “Foi giro conhecer-te. Já passou”. Ou porque não tens a coragem nem a força de seres feliz. Não é da felicidade que tens medo, claro. Só um tolo teria. É de como enfrentar as consequências que surgem de qualquer decisão que tomamos na vida.
Mas não é esse medo de puto que me entristece mais.
Foram todas as palavras que proferiste sem sentido, sem noção, nem sabor, nem sentimento. Foram apenas palavras narcisistas, porque sim, tu conhecias o teu medo e sabias que no final ele te iria dominar. Ainda assim foste entrando discretamente no meu caminho, iludindo- me com flores, deixando pedras pelo caminho. Mas eu estava cega com a cor fortíssima das rosas que segurava e esquecia-me dos meus pés, que sangravam desmedidamente.
Não quero entrar por metáforas. Não quero fugir ao sentido do texto. Penso que no fundo todo ele se poderia resumir a um “Porquê?”. Porquê de teres destruído uma amizade. O porquê de só teres pensado em ti. O porquê de eu ainda me importar em fazer questões para as quais nunca terás uma resposta que me satisfaça. A não ser um “Desculpa por tudo” tão hipócrita. Talvez não no sentimento, mas na sua inutilidade.
Ainda que seja eu a ser injusta e a acusar-te de mentira, quando na verdade o teu coração pode ter palpitado algumas vezes por mim, a questão mantém-se. Porque me magoaste? Porque me desrespeitaste? Porque é que a tua atitude foi capaz de me mudar inteiramente?
Ao terminar este texto e ao reencontrar-me comigo mesma, sinto a necessidade de me pedir desculpa. Desculpa, por deixar que alguém consiga ser capaz de abalar aquilo em que mais acredito. (Acreditava?). Mas também sinto necessidade de te agradecer. Obrigada a sério! (Digo-o sem qualquer carga de ironia, porque essa de muito pouco me vale.)
Obrigada por me teres feito compreender que eu, EU sou o MAIOR amor da minha vida.